Uma amiga dessas bem queridas e já muitas vezes citadas
aqui, animada com minha vontade de voltar pro blog me perguntou porque afinal de
contas eu não volto de uma vez e tenho postado apenas textos espaçados e pouco
falando sobre mim. Super poderia responder que amadureci e já não tenho
necessidade de falar sobre eu mesma. Mas ai ia ser mentira. Porque vejam, a
questão é que há muito tempo não acontece nada que me abale tanto como antes
acontecia. Mas coisas novas acontecem todo dia, o tempo todo. Só que acho
desconfortante e até mesmo sem graça pros leitores me ler falando sempre de
como minha vida vai bem, obrigada. Porque sim, ela vai! Incrivelmente bem. (E
confesso que até tenho medo desse mar de rosas...).
O caso é que, tenho
várias ideias de como voltar a escrever. Penso num blog com pequenos contos e
histórias aleatórias, penso num blog com histórias seriadas ( por exemplo, uma
história por semana, escritas um trecho cada dia da semana)... Bom, não sei.
Até um blog sobre culinária eu já pensei em fazer. Mas simplesmente não consigo
desapegar desse espaço aqui. Talvez porque ele guarde boas lembranças. Talvez
porque um dia ele tenha bombado e eu ainda guarde um pouquinho de esperança de
voltar a bombar... Não sei. Talvez porque eu adore passar uma tarde inteira
relendo-o. Bom, desapegar do MMEC é
difícil. E quem já teve um primeiro blog sabe o que eu estou falando.
Escrever agora, sobre mim, chega a ser estranho. A menina
que vivia uma eterna crise emocional e tomava decisões precipitadas se tornou
numa mocinha com auto controle suficiente para pensar antes de responder qualquer
provocação. Aquela jovem que ia para baladas
semanalmente com as amigas, falava inglês aleatoriamente (rsrsrs) e usava
óculos de sol logo de manhã cedo, na volta pra casa transformou-se numa criatura que mora de segunda a sexta num
local isolado, e no final de semana sai muito pouco. Transformou-se em alguém
com um relacionamento (pela primeira vez) completamente estável ( e saudável).
É alguém com emprego e profissão valorizados e muito orgulhosa disso, sim! E
com a vida pacata. O que não quer dizer sem graça, que fique claro. A nostalgia
tende a ser normal quando se olha para trás, eu acho. Mas a vida vai bem
obrigada. Aquele vazio esquisito que ela tanto falava aqui parece que sumiu. É
estranho. Mas sumiu!
O jeito de encarar a vida agora é outro, e talvez por isso
seja tão estranho pra quem lê. E pra quem escreve. Gostaria de ter coragem da
Colombina e começar outro projeto, do zero. Mas não tenho. E assim, ainda acho
injusto simplesmente deixar de escrever aqui. Só gostaria de achar uma
utilidade para espaço tão, tão, tão querido. Aceita-se sugestões.
4 comments:
Escreva sobre mim, sou profundamente interessante.
Ha.
É, eu sei oq é apego.
Eu ainda me identifico um pouco com a Colimbina. Afinal, vc nunca deixa de ser oq é.
Mas a Colombina não quer mais escrever. Agora sou eu que quero.
Acho que por isso fiz outro.
Minha dica é: Apenas continue fazendo oq vc sabe fazer...
Ah, e coloca o meu Bilhetinho aí entre os blogs que vc lê, cara! Dá essa força pra colegue! HAUHUAHUAHUAHUHAUAA
Vc nasceu no rio??
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