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Tuesday, August 14, 2012

 Sobre estar magoada. E sobre constatações dolorosas.
Nasci para perder coisas e pessoas. Perco brincos, perco dinheiro,  perco o juízo, perco casacos e guarda chuvas. Não ligo pra isso. Mas odeio perder pessoas. Odeio quando elas vão embora por conta própria ou porque eu fiz alguma merda que as afastou. Odeio ainda mais quando não sei porque elas se foram. Odeio demorar pra perceber que eu as perdi. Não queria nunca olhar pra foto de um amigo e pensar: "caramba, ele sumiu, não me dá notícias. Eu não sei mais nada sobre essa pessoa." Ou encontrar alguém na rua e ao dar um caloroso abraço de afeto receber aquele gesto seco de volta. Odeio não ter retorno em mensagens. E fico por muito, muito tempo pensando que as coisas são assim, que é só uma fase e que um dia tudo vai voltar ao normal e vamos tomar cervejas e comer pizza de pão juntos. Mas não é. Faz-se um esforço muito grande para se ter quem se gosta por perto, mas às vezes, muito esforço não vale de muita coisa quando o cenário muda. Vai entender.

1 comment:

Jessica G. said...

Eu já acostumei a peder coisas. Pessoas. Estranho como depois de um tempo tudo se nulifica e esgotam os adjetivos e ficam apenas esses substantivos insossos: coisa, coisas, etc.

Pior do que a mudança de cenário, é a permanência do roteiro, ainda que mudem os personagens... a perda é inevitável. =\