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Saturday, August 04, 2012

As mil e uma aldeias

Vocês, leitores assíduos desse blog, e vocês não tão assíduos assim, já conhecem essa frase : " na minha vida tudo acontece muito rápido e bla bla bla...", pois então. Acontece que acontece mesmo. E aconteceu de novo. Mais mudanças porque a vida, a vida é uma caixinha de surpresas. E tomara que eu não acabe como um peso de papel. 
Pois vejam vocês. Vou mudar de emprego de novo. E de morada também. Bom, mais ou menos. O caso é que agora vou trabalhar numa ONG que fica dentro de uma APA (área de proteção ambiental), ou seja, passarei a semana (segunda a sexta) literalmente no meio do mato. Sim, estou com medo, sim, estou insegura, sim, estou preocupada com o fato de lá não pegar celular. Mas ao mesmo tempo eu estou feliz. Me sinto desafiada a fazer o que eu gosto, que é escrever. Me sinto desafiada a assumir um cargo de muita responsabilidade, e principalmente, me sinto mais do que nunca forçada a ter um choque de realidade. O medinho que bate vai logo embora quando eu penso no tanto de oportunidades que podem surgir lá dentro e o quanto o meu curriculum vai ficar lindão depois dessa experiência, então, vamos que vamos. Vou-me embora pra passárgada, mas volto aos finais de semana, sedenta de ver gente e ouvir barulho de carro e cheirinho de poluição. 
E me lembro de alguém que todo dia me dizia "eu acredito em você, mesmo que você não acredite tanto assim". Acho que agora começa a fazer sentido. rs.
A experiência na agência foi maravilhosa, conheci muita gente boa e muita gente problemática também. Aprendi que publicidade é máquina de fazer doido, mas ainda assim, um dia, eu volto. Ah, se eu volto pra essa vida corrida em que um briefing mal feito pode até ser divertido...
Meus projetos pessoais em sociedade com o pássarinho mais amado do eixo sul baiano vão de vento em popa e isso me deixa até mais seguro de largar a "estabilidade" que eu tinha na agência.
E no mais... Bom, no mais tem sido tudo muito divertido. Uma cerveja ou outra com os amigos, um filminho final de noite, uma ansiedade tremenda pelo final do ano... Gosto quando escrevo textos assim, sem mimimis, apesar deles darem mais ibope. 
E vem cá, é possível sentir saudade de quem nunca esteve perto?

"Sou navegador
Sou de meu tempo capitão
Não preciso mais do mar
Tenho meu motor
Ligado aonde quer que eu vá
Vou sem sair do meu lugar
Estar aqui, viver aqui
Que mais isso dirá?
Sou de um país
Chamado qualquer lugar"

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