Feia, feia, feia, feia. Me olho no espelho e me vejo assim: feia. Sobra carne onde deveria haver um tanquinho e falta carne aonde deveria sobrar. Um cabelo sem corte, assim, assim, sem graça, sem sal. Tudo bem morno. Feia. Olho no espelho as olheiras que nunca me abandonam, a sombrancelha que precisa ser feita com urgência. Olho de novo, pra me convencer que podia ser diferente.
Feia. Alma feia. Alma pesada de quem se sente culpada pelo sofrimento alheio. Alma pesada por se sentir burra por se sentir culpada pelo tal sofrimento alheio. Feia. Por não ter se esforçado. Feia por ter falhado na missão de garantir os sorrisos do mundo todo. Me sinto feia...
"Eu quero tudo
Que dá e passa
Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça
Que dá e passa
Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça
O que é bonito
é o que persegue o infinito
Mas eu não sou não..."
2 comments:
das suas palavras faço as minhas. me encontrei no seu post, acredite.
grande abraço.
Deixou de ler o meu, mas não deixei de vir aqui... sim sim, por vezes não encontro em mim o 'belo" que ouço dizer, que dizem... enfim...
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