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Sunday, May 30, 2010

BRAINSTORM - Considerações sobre um TCC, minha vida e o futuro (ou não).


TCC finalmente finalizado. Alívio de certo ponto. De outro, são inúmeras as preocupações: apresentar, tirar uma boa nota ou não, decidir se vai mostrar ou não pra pessoas, se vou me envergonhar do meu vídeo ou não.
Fazer um vídeo como projeto de conclusão de curso foi no mínimo traumático. Não que tenha sido difícil. Não, não foi. Na verdade não era pra ser, mas eu, na minha cabecinha doente, tornei tudo muito, muito, muito mais dolorido, chato e complicado.
No final, ou melhor, agora tenho um produto de 7 minutos e 56 segundos, editado, trabalhado em cores, com o áudio equalizado e sem erros de continuidade e um monte de culpa por ter saído do sério tantas vezes no decorrer do processo. Tenho ainda fitas brutas com minha voz saindo ao fundo com aquele tom de chateação, de stress que contagiou uma equipe inteira. Tenho a prova concreta que eu falo sem pensar, que magôo pessoas, que não percebo a grosseria enquanto estou fazendo. Que meu tom de voz fica insuportável quando alguma coisa não sai como eu planejei. Que eu tenho pressa que as coisas saiam bem feitas e que eu preciso aprender a me controlar pra conseguir pensar nesses momentos. Que quando alguma coisa não é do “meu” jeito eu viro outra pessoa. Ou será que é nesse momento que eu sou eu mesma? E se for, é essa pessoa mesmo que eu quero ser? E se eu for assim pra sempre e perder as pessoas que eu amo uma a uma a cada vez que algo não sair do jeito “certo”? E se eu não tiver mini DVs o resto da vida pra me provar que eu estava errada mesmo estando certa?
George me disse que eu ainda era nova, que eu tinha que esperar, que eu estava sendo moldada. Moldada por quem? Pelo que? Esperar o que? Que as coisas que eu espero acabem, que minha vida vire um monte de gritos soltos? A verdade é que é sempre muito mais fácil culpar os outros e não admitir que talvez a culpa seja minha. Desde sempre. Eu tenho uma vida inteira pela frente. Eu tenho chances de empregos para serem perdidas. Eu tenho que estudar. Eu tenho que aprender a editar. Eu tenho que arrumar contatos pra ser uma boa produtora. Eu tenho ainda 3 cartelas de rivotril intactas. Eu tenho amigos pra conhecer. Eu tenho amizades para serem consertadas e isso é a única coisa que eu não posso fazer, porque mesmo com a vida toda pela frente, não dá mais tempo.

2 comments:

Lost Samurai said...

Sempre haverá tempo!

Lost Samurai said...
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