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Thursday, July 11, 2013

Eu pareço nervosa?

Inspirado por Dai, escrito por mim, e representando gente que possivelmente não existe no mundo. Pelo menos nós não conhecemos ninguém assim.



Ataque de raiva no trânsito. Eu sempre soube que um dia ia ter um. Começa do fato de eu simplesmente não entender como pessoas com déficit de atenção e egocêntricas e egoístas, incapazes de respeitar as leis podem conseguir uma habilitação. E os motociclistas, Jesus? O fato é que passei anos com uma carteira guardada na carteira por puro medo de matar alguém, então me reservo o direito de me irritar com pessoas desequilibradas que podem colocar a minha vida em risco.
Sim,sim, sim. Eu tinha medo. Aliás, medo não, pânico de um belo dia feliz, por falta de experiência no volante,me afobar a acabar atropelando alguém. Já pensou no prejuízo pro resto da vida? Da minha e do atropelado, coitado. Preferi esperar algum tempo, trabalhei meu psicológico e cá estou. Numa sala de observação de um hospital público porque o jovem rapaz em que eu bati antes da pressão abaixar e eu ficar verde é médico. Ora. Pra que eu preciso de um médico? Eu não estou doente. Eu pareço doente? Eu não pareço doente. Eu estou é puta da vida! Aonde já se viu? Uma cortada brusca num carro vermelho. VER-ME-LHO. Como é que alguém não vê um diabo de um carro vermelho? Ah, pelo amor de Deus, me tragam uma garapa de limão balão! E ai que o amado que me causou tanto transtorno resolveu que eu sou desequilibrada hormonalmente. Desequilibrada é a senhora mãe dele. 
Agora ele quer me dar um calmantezinho. Calmante? Eu não tô nervosa . Eu pareço nervosa? Eu não tô nervosa. Eu quero é ir pra minha casa, pro meu cachorro chamado Alfredo e minhas pantufas da parada gay e me encher de sopa Vono até explodir.. Pelo amor de Deus. Calmante? Eu não preciso de calmante. Ele que precisa de mais uns dias na auto escola. Quer dizer. A pessoa passa anos sem dirigir para preservar a vida humana e quando resolve voltar a dirigir aparece um qualquer de jaleco branco , charmoso e bate em você. A vida é justa? Não é. Não pode ser.

1 comment:

Mel Andrade said...

Textos sobre outros, mas com jeitinho de texto cotidiano escrito por vc. Será que esse blog vai cair nas graças da rotina novamente? Torcemos. ^^