Primeiro foi o susto. Uma dor esquisita no peito. Sabe
quando você engasga com água e tem a sensação de que ela foi parar no pulmão?
Foi isso. Depois foi a raiva. Um filme passando, as tantas conversas sobre o
assunto. A negação do sentimento dela. Depois foi o álcool. Claro, eu fiz o que
qualquer pessoa emocionalmente equilibrada faria. Fiz. Em goles largos, em
goles rápidos. Depois a ficha caiu. Nenhuma lágrima, por mais que eu quisesse,
caiu. Não, não. Depois, logo pela manhã fiquei feliz. Me senti leve. Estou
feliz por você. Ela é linda. Eu gosto dela. E sei, que se tudo der certo, vai
dar certo entre vocês. Cuide dela como cuidou de mim. Aprenda com os erros que
cometeu comigo. Claro, não é assim tão
fácil. Eu ainda, acho que por egoísmo, fico pensando que agora você vai
descobrir que tem mais gente no mundo e quem sabe, vai gostar dela muito mais
do que gostou de mim. Mas sabe, no fundo, as coisas um dia passam. Por mais que
agora o coração esteja palpitando tal qual as luzes daquele palco, minha alma é
forte, e aquele sentimento de altruísmo permanece. Permanece o afastamento em
respeito a você. Não me sinto como se tivesse te perdido agora. Não, não, o que
tinha de ser já foi. A sensação não é de perda. É de ternura, é de vontade de
também me encontrar.
"Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão"
1 comment:
adeus nós.
inspiração aqui, lendo isso em pleno domingo.
no domingo de nossos medos.
:)
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